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Joana Alves e a Caminhada do Forró de Raiz: do Nordeste ao Palácio de Belas Artes de Lille

  • Foto do escritor: Comunicação - Balaio Nordeste
    Comunicação - Balaio Nordeste
  • 6 de out.
  • 2 min de leitura

No coração da França, o Palácio de Belas Artes de Lille abriu suas portas, no dia 11 de setembro, para um momento histórico: a abertura do Festival Internacional do Forró de Raiz. Mais do que um evento da temporada cultural Brasil–França 2025, em celebração aos 200 anos de relações diplomáticas entre os dois países, o festival se tornou símbolo de uma longa caminhada: a de fazer do forró um Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco.


Essa caminhada tem um nome que ecoa com força: Joana Alves. À frente da Associação Cultural Balaio Nordeste, Joana foi quem lançou as primeiras sementes de um movimento que nasceu do chão nordestino e, com resistência e paixão, alcançou dimensão internacional. Sua atuação como precursora do Forró de Raiz pavimentou a estrada que agora deságua em Lille, transformando a celebração em conquista coletiva.


A cerimônia, marcada por emoção e simbolismo, teve início no hall do Palácio com um encontro de sanfoneiros que arrebatou o público. O cortejo de sanfonas levou todos até o auditório, onde autoridades do Brasil e da França celebraram o ato solene de abertura. Estiveram presentes nomes como Thierry Landron, presidente da Lille3000; Arnaud Deslandes, prefeito de Lille; Fátima Bezerra, governadora do Rio Grande do Norte; Fábio Mitidieri, governador de Sergipe; além de representantes da Paraíba, Bahia e Pernambuco.


O ponto alto da noite foi a assinatura do Plano de Ação para a Submissão do Forró à Unesco, um gesto que materializou anos de luta e articulação política e cultural. Para Joana Alves, “cada passo dessa caminhada reafirma que o forró de raiz é mais do que música: é memória, resistência e identidade”, pontuou. 


Artistas como Mestrinho (SE), Santanna, o Cantador (PE), dentre outros, se juntaram ao público, testemunhando esse marco. O encerramento, festivo e espontâneo, trouxe uma quadrilha junina improvisada que transformou o Palácio em terreiro, unindo franceses e brasileiros em ritmo de zabumba, triângulo e sanfona.


O festival nasceu de uma articulação conjunta entre o Governo da Paraíba, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, a produção da Associação Cultural Balaio Nordeste e o Consórcio Nordeste, em parceria com instituições francesas como a Lille3000, o Museu de Belas Artes e a Câmara Municipal de Lille, além do apoio do Governo Federal. O evento seguiu até o dia 14 de setembro com shows, oficinas, rodas de conversa e mostras audiovisuais, não foi um ponto de chegada, mas um recomeço, a prova de que a chama acesa no Nordeste pode iluminar o mundo.





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Fotografias: Luís Silva e Hugo Bellenger

 
 
 

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